Minha foto
Teresina, Piauí, Brazil
Sou aquilo que me der na telha e que se assemelha ao que você bem entender, só não esqueça que o preço do meu apreço é arriscar...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Hiato.




Hoje no sertão um caboclo acordou,
Levantou, pegou seu chapéu...
Saiu a pisar sobre a terra seca,
Parou a contemplar o céu
O dia parecia não ser um daqueles de Sol a pino...
O tempo estava nublado...
Como se fosse cair uma garoa fina...
Alegrou-se...
Seria esse o dia certo para semear a terra...
Pegou sua enxada...
Saiu em direção a seu pequeno roçado...
Cavava a terra na ânsia de arar o solo...
Sentia que aquela era a hora...
Era o momento certo...
Repentinamente o Sol surgiu inundado de Luz...
Suas mãos calejadas já tão acostumadas àquele sofrimento.
Àquelas incertezas da vida
Apesar de ter trazido consigo um arco-íris ofuscante,
Não conseguiu estragar a alegria.
Persistia em “fussar” a terra.
E a chuva teimosa não caia.
Ele olhou para trás e teve consciência do papel que estava a fazer.
Sentia-se como um nada, deslocado no mundo....
Sentia vontade de fugir assim como muitos outros que antes o fizeram.
Voltou a trilhar seu caminho, rumo ao nada.
Repentinamente, o Sol adquirindo um brilho mais intenso....
Desaba um temporal sobre sua cabeça e sacia a sede daquela terra...
E o Sol?
Continuava a insistir em derrubá-lo, mas sua persistência era tanta
que mesmo sendo essa alegria passageira era suficiente para demonstrar que momentos difíceis acontecem e são duradouros, porem a força que fazemos para resistir é a mesma que de uma forma despercebida que nos da força para continuar.

Também devemos saber aproveitar os maus momentos e tirar todas as lições possíveis e não esquecendo que a vida é como um sertão há mais momentos que nos fazem desistir dela do que os que nos fazem persistir porem repito o que já diz o poeta: a dor é necessária mas o sofrimento e opcional.


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Essa foi escrita a mais de cinco anos... ainda acreditava que tinha vocação pra cronista, poeta... sabe...totalmente inspirado naquelas leituras da recém contratada Ana Maria Braga lá na globo...rsrsrsrs

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Defina.

Metaforzeando o Ser.
(Abstrata e Concretamente)

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Sendo
Gerundio temporal;
Metamorfoseando metáforas.
Casando o Ser com Estar;
Confusão do To Be;

Ah, sei lá.
Melhor acabar.

Mas se vier, venha pra ficar.
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sábado, 22 de novembro de 2008

Teatro mágico =)

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!

Tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sua perfeição.




As almas rompidas

Palavras não ditas

Presenças não tidas

Entrelinhas vazias.



Os olhos brilhavam
(Sim, eles brilhavam)


Num ultimo instante

Minha boca vazia

Teus lábios pediam

Teu corpo fugia


Um sorriso esboçado

Espera acabada

Ponto final.





Não te amo(mais).


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ao som de Los Hermanos.

'Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante'



[Uma felicidade material invade minha vida. Recuperei minhas musicas. 40GB de felicidade;)]

sábado, 1 de novembro de 2008

Meus olhos hão de entregar o que o orgulho tenta calar.

(Preciso)


Preciso parar de pensar
(Parar de pensar)
(Parar de pensar)
(Parar de pensar)
(Parar de pensar)

Pensar em parar já é pensar.
Preciso parar de pensar não pensando em parar.
Simplesmente parar e pronto.
Mas como parar de pensar sem pensar em parar?
Quem souber, me ensine.
Pra que não precise mais nem pensar.




Preciso(s)

Engolir o mundo em um só gole
Asfixiar com seu tamanho
Morrer de engasgo.
Ponto final.


sexta-feira, 31 de outubro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pode o copo vazio ainda secar?



O copo, o vácuo e o caco.
por Fael



A queda do copo.
O caco.
O vácuo.
O copo seco.
O caco vazio.

Partindo.
Sentir.
Fingindo.
Dormir.
Fugindo.
Ir.

Eu quero.
Queria.
Podia.

Partir.
Sentindo.
Fingir.
Dormindo.
Fugir.
Indo.



Preciso das minhas Valerianas.

sábado, 25 de outubro de 2008

Divagações de Prosautoral


"A ilusão da sensação de domínio da situação, é impagável."
Por Cynthia Osório


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Copo.




Inspiração.
por Fael



O copo meio cheio.
Culpa e inocência.
Sensação.
Estou aqui e lá.
Metade, inteiro incompleto.
Sou fundo do mar.

Um vagão.
Parado na estação.
Sempre a vagar.
Penetrando a imensidão.
Levo medo no olhar.

Traço retas.
Rumo ao incerto.
Vivo a esperar.




domingo, 19 de outubro de 2008

A Mensagem. A outra.





Minha virtude é teu afeto.
Confirma minha certeza.
Age, mostra-te, vence esse medo que ofusca meus olhos.
A menor distância entre dois amantes pode ser um beijo,
Mas primeiro preciso que arranque essa máscara que te afasta de mim.



'O novo sempre vem?'



To ouvindo Arnaldo Antunes.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Absorva-me.


' vai, me absorve que hoje eu quero ser só seu
me dissolve e mexe com a colher
o seu prato predileto e quando eu digo não
não quero mais ser só
não quero mais ser seu só
não quero mais
me absorva mais
seu sorriso é um paraíso
e no ar voou em transe ao sol
para me livrar de tanto mar
resolvi espairecer, aparecer sem avisar
pra não ser sempre na mesma rotina de ilusões '



Absorve
por Mombojó
.

domingo, 12 de outubro de 2008

Meu lugar...




'Tento fazer desse lugar o meu lugar
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar
O que me separa de você agora
Um avião, um oceano, outros planos
E muitos enganos

Por enquanto espero e vou vivendo
Apenas fantasio meus dias aqui
É, isso é verdadeiro
Me troco, me arrojo
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar'


Divagações da Zélia

Mil e um pensamentos sem nexo.



To com vontade de ouvir Kid....
Fiz um milhão de downloads...tudo bichado!






...

Preciso transformar o tédio em poesia...

Serei eu insensível?Vulgar?

Não...não..sou apenas alguem que procura seu lugar...

Aprendi a dar valor.

Vivendo e aprendendo a viver...

Quero brincar de ser feliz...

Explode coração...

...




Minhas Valerianas, por favor.
Obrigado.

sábado, 11 de outubro de 2008

Toma este lugar que é teu.



Pergunto-te,
por que sempre estará aí?
por que esta distância toda?
Teu lugar pode ser onde quiser...
O aqui pode ser longe quando não te revelas...
Qualquer lugar pode ser nosso,
basta acreditar... eu acredito...
Transformar em singular o plural...

Para tanto, impõe-te.
Toma este lugar que é teu.



.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Meu momento.


Deixe-se acreditar
Por Mombojó


Eu quero um samba pra me aquecer
Quero algo pra beber, quero você
Peça tudo que quiser
Quantos sambas agüentar dançar
Mas não esqueça do seu trato
Da hora de parar
Só vamos embora quando tudo terminar
Eu vou te levar aonde você quer chegar
Eu tenho a chave nada impede a vida acontecer
Deixe-se acreditar
Nada vai te acontecer
Tudo pode ser
Nada vai acontecer, não tema
Esse é o reino da alegria

Esse é o reino da alegria
Esse é o reino da alegria
Tudo pode ser
Nada vai acontecer, não tema

Esse é o reino da alegria
Esse é o reino da alegria
Esse é o reino da alegria
Tudo pode ser
Nada vai acontecer

Eu quero um samba pra me aquecer
Quero algo pra beber, quero você
Peça tudo que quiser
Quantos sambas agüentar dançar
Mas não esqueça do seu trato
Da hora de parar
Só vamos embora quando tudo terminar
Eu vou te levar aonde você quer chegar
Eu tenho a chave, nada impede a vida acontecer
Deixe-se acreditar
Nada vai te acontecer
Tudo pode ser
Nada vai acontecer, não tema
Esse é o reino da alegria...

O hoje não foi nada daquilo.


Assumo.



Assumo, sou culpado.



Essa culpa é o amor.



Apontar erros é facil...




Ruim é assumir que também errou...



O sentimento de um errante



É amor o bastante,



Pra quem sabe amar.



Mas que em um simples instante










Pode acabar.

E acabou.




Para o momento...

"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma...
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma...
A vida não pára..."


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Título desconhecido

(Eu realmente não sei. rsrsrsrs)
Por Fernando Pessoa.



Eu tenho uma espécie de dever,
de dever de sonhar,
de sonhar sempre,
Pois sendo mais do que uma espectador de mim mesmo,
Eu tenho que Ter o melhor espetáculo que posso.

E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas,
Invento palco,
cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas
E músicas invisíveis.


Interrogação

Por mim

Agora...sem tem bem o que dizer...sem pensar em nada...
Apenas bem.
Bem?
Seja o que for.
Seja ilusão.
Estou bem.


rsrsrsrsrs
alguém tem que me enviar músicas!

.Midori-san.

As plantinhas também blogam
Por Contraditorium

Um experimento no Japão criou um blog muito popular, escrito por…Midori-san.

Isso mesmo. Uma forma de vida abaixo dos miguxos emos tem um blog.
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Usando tecnologia desenvolvida pelo professor Satoshi Kuribayashi da Universidade de Keio, são medidas informações como o fluxo bioelétrico das folhas, umidade do ar e do solo, temperatura ambiente, iluminação, etc, etc. Esses dados são exibidos e servem como base para um gerador de frases que reflete o “estado de espírito” da plantinha, que tem até nome. É Midori-san, e é um saudável exemplar de Hoya kerii, que provavelmente não tem correspondente em português.

Ela faz um post por dia, com direito a foto.

Se acaba mundão...



Ah eu perto dela com meu spray de agrotóxico...

Pensamentos soltos e sem sentido...

O meu não entender.
Por mim

O mundo pede respostas.
Eu,
Respondo com perguntas.


...

Os outros são os outros e só(s)...

...

Vivam homens!
Por Elis e Assis.

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
(Vivam homens!)
Você não imagina a loucura
(Vivam homens!)
O ser humano ta na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society
(Vivam homens!)

...

Aprendendo a jogar
Por Elis

Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
Mas, aprendendo a jogar
Água mole em pedra dura
Mas vale que dois voando
Mas em casa de ferreiro
Quem com ferro se fere é bobo
Cria a fama, deita na cama
Quero ver o berreiro na hora do lobo
Quem tem amigo cachorro
Quer sarna para se coçar
Boca fechada não entra besouro
Macaco que muito pular quer dançar...




Preciso dormir.
Onde colocaram minhas pílulas de Valeriana?

Elis não deixa:
http://br.youtube.com/watch?v=35FPZR24djg

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Fórmula.

Não entendo.
por Clarice

Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.


Quero apossar-me do é da coisa.

Por mim ou por mim?

Mesmo tentando adotar a fórmula Lulusantiana: Amanhã+ Nada disso = Esquecer
(" se amanhã não for nada disso, caberá a mim esquecer")
Não consigo!
Meu entender nem ultrapassa as barreiras do inteligivel...
(Ah! Como invejo o exaltar de Clarice ao seu não entender inteligente. Talvez o meu seja burro.)
No todo é mediocre...
Quem sabe ele não o faça devido à mediocridade daquilo que fora dado em troca de uma entrega total.
Me pus a plantar o jardim mais belo.
Cego pelas paixões
(Estas as maiores fraquezas do homem)

Ignorei tudo a minha volta.
Nenhuma planta vinga debaixo da escada.
Sempre tratado como um piano velho...
(Quando o temos, disfarçamos o gostar isolando-so no canto da sala.)
Com um pano cobrindo-o,
(Isso é o que chamam de cuidado)
Na certeza de que ele sempre estará lá...
Ele se torna o consolo.
(Isso é o que chamam de amor)

Estou só confuso.


- Clarisse, tenha o bom tom de trazer em palavras o que pulsa cá dentro de minh'alma:


Cada coisa tem o instante em que ela é
e eu quero apossar-me do é da coisa.
Eu tenho um pouco de medo,
medo ainda de me entregar
pois o próximo instante é desconhecido.


- Obrigado Clarice.

http://br.youtube.com/watch?v=9u9kC1mbuQc&feature=related

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nessa tela cinza = )

A magia de uma tela cinza.



Confesso...
Confesso sobre julgamentos, sobre erros do que eu gosto...
Tudo é um laço, sem título, sobre a mãe de Jõao, das cartas de Jõao e sua mãe...
Falta-me alguma coisa?
É a carta de um suicida?
É a verdade terrível.

Dia esperado...
O momento.
Família ou mundo?
Era tudo mentira!
Tenho sede!
Eu não entendo...
Não preciso perder para dar valor...

Gostar? Chega!

Pensamento não pede licença.
Mudar?
Depois que a gente passa a rir...
Vem a primeira postagem :)





Em homenagem a alguem que com seus rabiscos em uma tela cinza consegue fazer reluzir o brilho do Sol, mesmo sem querer...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Seu sorriso é um paraíso...resolvi espairecer, aparecer sem avisar, pra não ser sempre a mesma rotina de ilusões...


Absorva...

seu sorriso é um paraíso
e no ar, vôo em transe ao sol
para me livrar de tanto mar
resolvi espairecer, aparecer sem avisar
pra não ser sempre na mesma
rotina de ilusões
mesma rotina de ilusões...

vai, me absorve que hoje eu quero ser só seu
me dissolve e mexe com a colher
o seu prato predileto e quando eu digo não
não quero mais ser só
não quero mais ser seu só
não quero mais
me absorva mais
seu sorriso é um paraíso
e no ar voou em transe ao sol
para me livrar de tanto mar
resolvi espairecer, aparecer sem avisar
pra não ser sempre na mesma rotina de ilusões

e quando eu digo não
não quero mais ser só
não quero mais ser seu só
não quero mais, não mais, não mais

me absorva mais, me absorva mais...


Absorva (adaptado) - Mombojó.

domingo, 30 de março de 2008

Eu e Elis.


Divagações de Elis.

Ah! Como eu tenho me enganado!
Como tenho me matado
Por ter demais confiado
Nas evidências do amor

Como tenho andado certo
Como tenho andado errado
Por seu carinho inseguro
Por meu caminho deserto

Como tenho me encontrado
Como tenho descoberto
A sombra leve da morte
Passando sempre por perto
E o sentimento mais breve
Rola no ar e descreve

A eterna cicatriz
Mais uma vez
Mais de uma vez
Quase que fui feliz

A barra do amor é que ele é meio ermo
A barra da morte é que ela não tem meio-termo


(Meio Termo - Elis Regina)

sexta-feira, 21 de março de 2008

Um quê da Deusa.


Esperança

Custei um pouco a compreender o que estava vendo. Estava vendo um inseto pousado, verde, de pernas altas.

Era uma "esperança" verde, o que sempre me disseram que é de bom augúrio.

Depois a esperança começou a andar bem de leve sobre o colchão. Era verde-claro, com pernas que mantinham seu corpo em plano alto e solto, um plano tão quebradiço quanto as próprias pernas que eram feitas apenas da cor da casca. Dentro do fiapo das pernas não havia nada dentro: o lado de dentro de uma superfície tão rasa já é a outra própria superfície.

Parecia com um raso desenho que tivesse saído do papel e, verde, andasse. Mas andava, se sonâmbulo, determinado. Sonâmbulo: uma folha mínima de árvore que tivesse ganho a independência solitária dos que seguem o apagado traço de um destino.

Ela, a esperança, andava com uma determinação de quem copiasse um traço que era invisível para mim. Sem tremor ela andava. Seu mecanismo interior não era trêmulo, mas tinha o estremecimento regular do mais frágil relógio.

Como seria o amor entre duas esperanças? Verde e verde, e depois o mesmo verde, que, de repente, por vibração de verdes, se torna verde.

Amor predestinado pelo seu próprio mecanismo aéreo. Mas onde estariam nela as glândulas de seu destino, e as adrenalinas de seu seco e verde interior?

Pois era um ser oco, um enxerto de gravetos, simples atração eletiva de linhas verdes.

Eu?

Eu. Nós?

Nós. Nessa magra esperança de pernas altas, que caminharia sobre um seio sem nem sequer acordar o resto do corpo, nessa esperança que não pode ser oca, pois não existe linha oca, nessa esperança a energia atômica sem tragédia se encaminha em silêncio. Nós?

Nós.



Créditos: Clarice Lispector

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Mulata assanhada.


Mulata engrçada.


La vem ela meu Deus,
a mulata assanhada
traseira arrebitada,
sem jeito de acanhada
montada na sua burrinha alada

transformar mil ideias aqui guardadas
em momentos desejados.

Junto vem o mulato engraçado,
confundido na imagem dela, dois em um só,
como se mal e bem fossem um ponto só.

Passa num voo rasante.

Leva meu ar e tira meu sono.
E eu aqui fico ao longe a sonhar
em um dia nessa burrinha montar.

Vem mulata...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

(# O Sonho #)

QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2007

Só eu.

Tudo que eu queria era poder acordar bem cedo...
meio sonolento mesmo levantar...
banhar talvez, tomar meu café, bem apressado e sair...
e quem sabe viver...
como um dia eu sonhei...
Nunca quis me perder na noite a dentro...
Nem mesmo chegar em casa no nascer do sol.
O que eu queria era viver o que devo na idade certa.
Minha vida sempre foi muito assim.
Tudo antes do seu tempo.
Antes pensava que era felicidade.
Hoje vejo ingenuidade.
Ingênuo de pensar que o bom é ser mais maduro.
Mas esquecemos muitas vezes que depois do amadurecimento vem a podridão...
Nunca fui de viver intensamente as coisas nem as pessoas.
Um dia eu resolvi mudar.
Só? Não.
Mudei com alguém. Alguém que me deu a fórmula.
Incrível como alguém consegue fazer tão bem a outra pessoa.
Aqueles gestos exatos...de quem sabia o que queria...
Seu sorriso, seus abraços, seu olhar...ah...
Seus olhos...
E agora que não os tenho mais.
Sou mais nada.
Tanta maturidade me fez vem que na verdade eu agora estou prestes cair no chão e quem sabe ser brutalmente pisado por qualquer um que passe sob esta arvore murcha e sem vida da qual brotei.
Esse é o meu desejo.
Quero a finitude e o destino da partida.
Que me leve...eu quero fugir...
Não quero fingir...
Que depois que fui seu.
Não sou de mais ninguém.
Amor meu.
Amor teu.
Amor Perpétuo.
Faelzim.
#)